Campelo quer afastar prefeito

Política
Vereador apresentou requerimento solicitando a saída do Prefeito de Palmas

Por Ivan Trindade

Na primeira semana do mês, durante uma sessão ordinária da Câmara dos Vereadores de Palmas, o parlamentar Lucio Campelo (PR), apresentou um requerimento propondo o afastamento imediato do prefeito da Capital, Carlos Amastha (PSB). Segundo o político, o chefe do Executivo palmense teria praticado crime de infração política administrativa. Em sua fala, Campelo denunciou que a prática de pedalada fiscal teria sido cometida por Amastha com o dinheiro público utilizado no patrimônio do Previdência Social do Município de Palmas (Previpalmas) no ano de 2015, e também com a prestação de serviço da empresa Valor Ambiental.

Ainda conforme Campelo, no que tange ao Previpalmas, a retenção do valor patronal do ano subsequente e a anulação de empenho e liquidação de ordem no valor aproximadamente no valor de 10 milhões caracteriza tradicionalmente artimanha política conhecida como pedalada fiscal. Sobre a relação da prefeitura com a empresa Valor Ambiental, o vereador questionou os valores repassados como pagamento para os serviços de limpeza urbana. “Os acréscimos das medições são proporcionais ao aumento real da cidade, da nossa capital, Palmas?”, indagou.

Conhecido por responder questionamentos da Câmara de Vereadores em suas redes sociais, Amastha até o momento não se pronunciou sobre o acontecido. Todavia, em sua conta no Twitter, o prefeito publicou no mesmo dia comentários falando sobre todos as medidas que sua gestão teve de adotar para conseguir lidar com a administração da cidade. “Ano passado vimos um trem desgovernado pronto para nos atropelar. Reagimos imediatamente e cortamos gorduras e pele. Veio coisa pior.” disse. “Em 2016 cortamos na carne. Doloroso, muito doloroso, principalmente quando tivemos que demitir quem precisa do seu salário para sobreviver…Perdemos muita popularidade nesse processo. Nunca duvidei que fazer a coisa certa traria um grande desgaste e depois o reconhecimento”, finalizou.

Como no dia que o requerimento foi apresentado a plenária não tinha quórum, a ação sequer chegou a ser votada. De acordo com o Regimento Interno da Câmara, é necessário um quórum mínimo de 10 parlamentares para a deliberação e votação de matérias.

Foto de capa: Prefeito de Palmas Carlos Amastha. (Antônio Gonçalves)

 

Nenhum comentário

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Comunidade
O pano da discórdia: muito além de aparências

Recentemente, um episódio trouxe várias questões que estavam adormecidas sobre apropriação cultural. Uma jovem branca com câncer estava numa estação de metrô e, segundo ela, foi abordada por uma mulher negra por estar usando turbante. Após a experiência, a jovem paranaense, Thauane Cordeiro, desabafou no Facebook questionando o conceito de …

Política
Campanhas eleitorais nas redes sociais

As redes sociais foram o termômetro das eleições 2016. Os eleitores fiscalizaram e cobraram os candidatos nos seus perfis. Durante as eleições, candidatos e assessorias identificaram nas redes sociais um canal rápido e de baixo custo para a divulgação de suas ideias e projetos, e uma forma de estreitar as …

Geral
Parceria entre instituições suspende inspeção veicular ambiental no TO

Decisão do TCE atende representação conjunta do MPE e MPC denunciando irregularidades na contratação de empresa terceirizada A máxima “a união faz a força” pode ser conferida em uma das frentes de atuação do Ministério Público Estadual do Tocantins (MPE/TO). Designado para a defesa do regime democrático no Brasil e …