Complexo da UFT faz parte do legado das Olimpíadas 2016

Por Ana Luiza Dias

Durante a inauguração da primeira pista de atletismo do Estado, no câmpus de Palmas da Universidade Federal do Tocantins (UFT), no último dia 6 de maio, o então Ministro do Esporte, Ricardo Leyser afirmou que em uma década o Tocantins conseguirá ter atletas com chances de medalhas em disputas profissionais.  Ao considerar o feito como um legado das Olimpíadas Rio 2016, Leyser pontuou que agora, o Tocantins ganha uma pista de qualidade internacional e isso tem um impacto muito grande para os atletas da base. “Eles já começam a praticar em um equipamento oficial. A nossa previsão é que daqui dez anos possamos ver campeões e medalhistas”, enfatizou. 

A pista, que leva o nome Complexo Olímpico Heróis do Araguaia, possui oito raias de 400 metros, uma pista de 100 metros, duas pistas de salto com vara, duas pistas de salto triplo e extensão, duas bases para lançamento de peso, uma pista para lançamento de dardo, duas pistas para salto em altura e duas pistas para salto com vara. Medalhista olímpico, bronze nas Olimpíadas de Seul 1988 e Atlanta 1996 e três vezes campeão mundial (1985, 1989 e 1992) no atletismo, Robson Caetano também prestigiou o evento e demonstrou entusiasmo. “Tenho certeza de que nós ainda vamos ouvir falar muito dos atletas regionais, campeões que ficarão aqui e que vão fazer com outros jovens atletas talentosos sigam os mesmos caminhos”, previu o atleta.

 O equipamento agradou ao paratleta Weverton Oliveira, o Tom, aluno do projeto Reviver, dedicado ao treinamento de portadores de necessidades.  “O esporte me ajuda a viver melhor e hoje estou feliz pra caramba por agora poder treinar nessa pista que é ótima, tem padrão internacional. É a realização de um sonho”, avalia. 

Além da prática esportiva a pista é vista pela UFT como fator de integração com a comunidade. De acordo com o reitor, Márcio da Silveira, a estrutura possibilitará o desenvolvimento da ciência do esporte por cursos como medicina, educação física, enfermagem, nutrição e jornalismo. “A pista não é da universidade, a pista é do Estado. Vocês vão ter que utilizar isso. É um espaço de competição, de treinamento, é um espaço de cidadania”, ressaltou. A diretora de esporte da pró-reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários (Proest/UFT), Michele Lobo, explica que os interessados no uso da pista devem entrar em contato com a instituição para apresentar os projetos. Eles serão avaliados e dará origem ao quadro de horários para que todos possam utilizar o equipamento.

O equipamento da UFT faz parte da Rede Nacional de Treinamento do Ministério do Esporte, resultado de parcerias com governos estaduais, prefeituras, universidades, CBAt, federações estaduais e clubes. O projeto teve investimento de cerca de R$ 8,8 milhões do governo federal e recebeu certificação do International Associattion of Athletics Federations (IAAF).  A pista pode ser utilizada por alunos de graduação, pós-graduação, extensão e pesquisas, por meio de projetos acadêmicos, principalmente no que se refere a atletas de alto rendimento. As normas de utilização e funcionamento da pista foram divulgadas pela Diretoria de Esporte da UFT. Mais informações pelos telefones: (63) 3232-8594 e 8179 ou pelo e-mail: uftesportes@uft.edu.br.

Foto Capa: Robson Caetano durante inauguração da pista(Roberto Castro).