Complexo laboratorial ainda é sonho para estudantes de Jornalismo
- By : Redação
- Category : Universidade
Já se passaram seis anos desde o início das obras e ainda não há data definida para entrega
O curso de Jornalismo da Universidade Federal do Tocantins (UFT) luta por melhorias na sua infraestrutura desde a federalização da instituição e a fundação da graduação. Durante a formação dos estudantes, é necessário que várias atividades sejam desenvolvidas em laboratórios, em especial, disciplinas como: fotojornalismo, radiojornalismo, telejornalismo e webjornalismo. Em 2011, após várias reivindicações e exigências, foi iniciada a construção do complexo laboratorial, com espaço para cinco gabinetes exclusivos para o curso de comunicação.
Conforme o projeto apresentado aos docentes, o laboratório de radiojornalismo terá equipamentos modernos e acústica de uma rádio profissional. Já o de audiovisual, contará com ilhas de edição, um estúdio e dois cenários, sendo um fixo e um virtual com “chroma key”, que é uma espécie de tecido verde usado em uma técnica de processamento de imagens com o objetivo de substituir o fundo. O laboratório de redação, será amplo e irá dispor de máquinas com tecnologias atuais e de alto desempenho, enquanto o de fotografia terá dois ambientes: um para trabalhos com fotografia digital e o outro para revelação de fotos analógicas. Além disso, o laboratório de mídias sociais terá ilhas de edição e de montagem de sites e blogs.
Em 2013, estudantes de jornalismo protestaram por melhorias na infraestrutura, e após a divulgação da notícia no site T1 Notícias, a UFT encaminhou uma nota esclarecendo que, no dia 12 de dezembro de 2013, foi assinado um empenho de mais de R$ 4 bilhões para dar continuidade à construção do complexo laboratorial, além de uma licitação de R$ 40 milhões para mobiliar, e ainda R$ 200 mil reais para compra de equipamentos. A obra deveria ter sido entregue em 2015, mas devido ao longo período de paralisação por aspectos legais da empresa licitada, teve de ser feita uma nova licitação. A corporação que assumiu aguardou o recurso e retomou a construção, que foi finalizada.
Entretanto, após três gestões na instituição, a obra ainda não foi entregue. O prédio e a estruturação básica estão prontos, mas ainda estão sem os aparelhos e equipamentos que foram acordados em 2013. A previsão é que a obra seja finalmente entregue até o fim deste semestre, 2016/2.
Enquanto isso, alunos de jornalismo usam os antigos laboratórios de forma improvisada. A reclamação é comum e recorrente não só entre os alunos. Jorge Cardoso, técnico em audiovisual, disse: “Sem dúvidas os alunos de fotografia estão tendo prejuízos por não haver um laboratório em funcionamento”. Além disso a insatisfação geral com os ‘labins’ causa, até hoje, desgosto em docentes como conta a professora e ex-coordenadora do curso, Adriana Tigre: “Se a Comunicação nunca foi prioridade, imagine na atual conjuntura”, lamentou.
O fato é que os alunos estão reféns do tempo, mesmo com protestos, petições e reclamações, as obras continuam arrastadas e os problemas, acumulados. Thassio Marinho, aluno de jornalismo ressaltou que “apesar de possuírem um tamanho adequado para aulas mais dinâmicas, os labins de comunicação deixam muito a desejar no que mais se propõem: comunicar. A demora para solucionar esses problemas é o que mais cansa, dá uma sensação de descaso total.”, contou.
“Se a Comunicação nunca foi prioridade, imagine na atual conjuntura. ”, Adriana Tigre, ex- coordenadora do curso de Jornalismo.
Por: Estela Almeida e Gabriela Letrari
Foto Destaque: Gabriela Letrari
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