DCE encerra gestão em março desacreditado pela comunidade acadêmica
- By : Redação
- Category : Universidade
Gestão do DCE da universidade Federal do Tocantins é marcada por reclamações dos universitários e líderes estudantis.
A presidente do Diretório Central Estudantil (DCE) da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Cínthia Santos, encerrou sua gestão em março de 2017, em um cenário de críticas e insatisfação por parte da comunidade acadêmica. A gestão durou um ano a partir de sua posse, que aconteceu em fevereiro de 2016.
As manifestações contrárias a esta gestão do DCE vão desde frases escritas nas paredes da sede do diretório a reclamações no perfil do Facebook. Alguns alunos relatam desconhecer qualquer ação realizada no último ano e afirmam a inexistência de um DCE.
A vice-presidente Amanda Ferreira destacou que no decorrer do mandato o DCE foram realizadas muitas ações, como os jogos universitários; Primavera Sem Flores; ocupação do Campus de Araguaína; participação na 10ª Bienal da União Nacional Estudantil (UNE); a calourada unificada, entre outras atividades.
A acadêmica Cláudia Taiara que é formanda em Direito, conta que durante sua graduação, soube pouco sobre o trabalho desenvolvido pelo Diretório. Segundo ela “promover ações e dar transparência a elas é trabalho do DCE” , a estudante declara ainda, em relação às atividades desenvolvidas, que apenas “aqueles que participam de movimento ficavam sabendo, mas em questão de divulgação geral, não chegava ao conhecimento de todos”.
Lauane do Santos, presidente do Centro Acadêmico de Jornalismo, afirma que é representante do seu curso há dois anos e não houve nenhuma parceria do Diretório com seu CA durante esse tempo. Diz ainda que “os dois lados não se comunicam, então realizamos nossas atividades por conta própria”.
Questionada sobre essa questão de falta de parceria com os CAs, Amanda (vice-presidente do DCE) diz que todos os que procuraram a gestão tiveram retorno positivo e que o exemplo disso foi a realização da calourada unificada, organizada pelos Centros Acadêmicos em parceria com DCE.
A atual gestão do DCE, responsável por uma entidade estudantil que representa todo o corpo discente de uma instituição de ensino superior, recebeu criticas também de outros campus da UFT, como o de Porto Nacional. O presidente do Diretório Acadêmico de Porto Nacional, Lucas Gabriel, declara “estamos aguardando as prestações de contas do DCE para que as suspeitas de fraudes ocorridas no mandato possam ser esclarecidas”. Ele diz ainda que o DCE existe para fazer algo pelas pessoas envolvidas naquele círculo universitário e não deve ser usado como “trampolim político”.
Trampolim político
Muitos procuram o DCE para iniciar suas trajetórias políticas, como foi o caso do deputado estadual Ricardo Ayres, (PSB-TO). A vice-presidente afirma que essa atitude “diz respeito às individualidades e perspectivas de cada pessoa. No decorrer da gestão que se finaliza, não observo algo que nos remeta a essas características”, conclui.
Amanda ainda comenta sobre os boatos de apoios políticos em época de campanha. “Depende muito de cada chapa”. Afirma ainda que não existe no regimento um esclarecimento nesse sentido.
O presidente do Diretório Acadêmico Lucas Gabriel, reprovou a gestão do DCE e afirmou que “quem acompanhou um pouco do processo o qual esse grupo chegou à gestão, sabia que era uma gestão falida e desacreditada que só tinha um projeto de poder para estar dando evidencia a políticos, principalmente no ano eleitoral que se passou”, diz.
Finaliza dizendo que “o DCE é vendido politicamente, pois não têm uma opinião política consolidada. Quem paga mais, quem consegue oferecer as melhores condições para as campanhas deles é que vão ocupar esse espaço” e completa “é por esse motivo que o Diretório Central é disputado, pois há muito dinheiro e poder envolvido”.
Por: Neide Linhares e Wualisson Chaves
Foto Destaque: Vivian Carine
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